A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) desencadeia ação de orientação aos moradores do bairro Rio Acima, nas áreas no entorno das propriedades onde foram registrados dois casos positivos de bovinos com raiva. Nessa segunda fase de trabalho, os agentes verificam o percentual de cães e gatos vacinados para analisar a cobertura vacinal.
” É importante fazer a orientação sobre os riscos da doença e a necessidade de vacinação dos animais domésticos. No caso de cães e gatos, a UVZ disponibiliza gratuitamente a vacina antirrábica durante o ano todo. Já no caso de animais de produção, cabe aos proprietários providenciar a vacinação através dos veterinários que os assistem ou aquisição em agropecuárias”, comenta o veterinário da UVZ, Luis Gustavo Grijota Nascimento. Desde o registro da suspeita da doença na área, os agentes já realizaram visitas às propriedades num raio de 1,5 km da ocorrência para orientar a população e levantar informações.
Casos
No pasto do sítio de Maria Antonia Suhr, um novilho morreu vítima de raiva na semana passada. Apesar de não ser a proprietária do animal – apenas loca o espaço para engorda -, ficou preocupada com a situação. “Temos cães e gatos que, por terem chegado ao sítio após a campanha de vacinação da raiva no ano passado, não eram imunizados. A vacinação é a única forma de prevenir desta doença. Ficamos vulneráveis, pois não sabemos identificar qual morcego realmente é o transmissor da doença”, comenta. Na sexta-feira (23), dois gatos e um cachorro de estimação da sitiante foram vacinados pelos agentes da UVZ.
O último registro de raiva em Jundiaí foi em dois morcegos insetívoros, localizado em área urbana, em 2015. Em animal doméstico de grande porte os registros de mortes em bovinos e equinos datam de 2002. Até segunda-feira (26), a cidade registra sete animais mortos suspeitos pela doença, sendo: dois confirmados, três em aguardo de resultado e dois impossibilitados de coleta de material. A raiva é uma doença viral que infecta o sistema nervoso central, causando encefalopatia e morte. Nos animais, os sintomas são falta de apetitem dificuldade para caminhar, sinais de convulsão e salivação intensa. A contaminação ocorre por contato, seja com saliva ou secreção.