A carteira de vacinação do seu filho está em dia? Todos tomaram as doses de reforço? E você acha que vacina é coisa só de criança? Pois este recado é para você que por esquecimento ou medo acaba deixando de se proteger de uma doença cuja prevenção mais eficaz continua sendo a imunização.
A Unidade de Promoção da Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, ressalta que as vacinas auxiliam o sistema imunológico na formação de anticorpos contra vírus e bactérias. Assim, os riscos de adquirir uma doença e ter complicações são menores, preservando a saúde e o bem-estar. “A vacina deve chegar antes da doença. Por isso, a imunização é importante, pois o corpo cria anticorpos para defender o organismo e evitar que a pessoa adoeça”, explica a enfermeira Vigilância Epidemiológica, Maria do Carmo Possidente.
Entre os grupos de vacinação, os adultos são os considerados mais displicentes. O Ministério da Saúde estima que metade dos adultos abandone a carteira de vacinação ou nunca tiveram este registro. “Esta necessidade se faz presente apenas quando o cidadão vai viajar ou ao fazer um exame admissional à empresa exige este requisito”, aponta.
No caso das crianças, a maior preocupação da Vigilância Epidemiológica, diz respeito à falta da segunda dose da vacina. “A cobertura fica incompleta. Daí a importância de manter a carteira de vacinação em dia. Para estes pais vale lembrar que as campanhas de vacinação são excelentes oportunidades para atualizar esta imunização”, conta.
Já os idosos continuam sendo o exemplo de todos os grupos. Mantém em dia as doses da Dupla Viral, Gripe e Hepatite. “Procuram as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dificilmente deixam algum prazo vencer”, comemora.
Para você que se convenceu da importância da imunização e pretende colocar em dia sua carteira de vacinação, as doses estão disponíveis, gratuitamente, em todas as UBSs, das 8h30 às 17h.
Saúde pública
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a vacina é uma ferramenta de saúde pública, pois não apenas protege a pessoa imunizada, mas reduz a chance de exposição a uma doença da população a seu redor. “Quanto mais pessoas deixarem de tomar vacina, menor é a proteção coletiva, aumentando o risco porque teremos mais munícipes vulneráveis e, portanto, mais rapidamente, a doença será espalhada”, lembra
Maria do Carmo explica que são poucos os casos em que não é recomendável tomar vacina, como quem tem doenças autoimunes ou doenças graves, cujos pacientes precisam consultar o médico para saber se pode tomar vacina, além de pessoas alérgicas a ovo, que não podem tomar algumas vacinas de vírus atenuado.
A febre amarela é o maior exemplo de que a vacina evita um surto ou até mesmo mantem o município imune à doença.
Para finalizar, a enfermeira lembra que mesmo para doenças erradicadas no Brasil, vale a vacinação. “O risco de a enfermidade entrar no país continua existindo e pode acontecer pelo turista que visita o Brasil ou de brasileiros que viajam para o exterior”, alerta.