A Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) começou nesta quinta-feira (25) um projeto de combate à violência com presos do Centro de Detenção Provisória “Marcos Antônio Alves Bezerra” de Jundiaí. O “Voz da Consciência”, nome apontado por seleção interna, é voltado aos cerca de 45 detentos que respondem por crime de violência doméstica.
A metodologia de trabalho é direcionada a grupos moderados pela diretora de Proteção Social Especial, Ariane Goim Rios, e pelo psicólogo da UGADS Luiz Guilherme Camargo. Os três encontros em grupos terão espaçamento quinzenal e neles serão abordados temas como: desnaturalização da violência como construção social, reflexão sobre as violências de gênero e doméstica, quebra de estigmas e preconceitos, reflexão sobre as dinâmicas de relacionamentos familiares e afetivos e o desenvolvimento de ferramentas e recursos pela não violência.
De acordo com a gestora da UGADS, Nádia Taffarello Soares, a proposta faz parte da política da assistência social. “Esta parceria com o CDP é uma oportunidade no sentido da prevenção. Muito se pensa em trabalhar com as vítimas, mas o desafio de chegar até os autores é ainda maior. Nesse sentido, a Prefeitura traz protagonismo no assunto para Jundiaí”, afirma.
O projeto
A proposta começou com uma capacitação em novembro do ano passado, como parte da programação da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Na ocasião, a atividade foi direcionada a 26 detentos provisórios.
Em janeiro deste ano, a UGADS decidiu dar corpo ao projeto, contando com o apoio do diretor do estabelecimento penal, Alexandre Apolinário de Oliveira. Os detentos foram convidados a sugerir o nome e a identidade visual do projeto e as propostas vencedoras vieram, respectivamente, dos grupos dos raios (pavilhões) 2 e 5. Como premiação, os detentos desses raios participaram na sexta-feira (12) de sessões de cinema, com distribuição de pipocas e sucos.