Quem viaja a trabalho também é um turista, esse viajante pratica o chamado Turismo de Negócios ou Turismo Corporativo. Em paralelo a outros segmentos turísticos, o Turismo de Negócios vem apresentando expansão em nosso País, mas, mesmo com seu crescimento, ainda sofre com as condições da infraestrutura brasileira.
Segundo o estudo realizado pelo Ministério do Turismo e a Fundação Instituto de Pesquisas – FIPE, o Brasil recebeu mais de seis milhões de turistas internacionais em 2014. Os viajantes com propósito de negócios, eventos ou convenções nesse mesmo ano – aproximadamente 20% – são, em sua maioria, um público masculino, com idade entre 32 a 40 anos, com ensino superior completo, que utilizam em grande parte, hotéis para se alojarem e gastam em média, US$ 103,06 por dia. A cidade de São Paulo fica confortavelmente em 1º lugar como sendo um dos destinos mais visitados nesse segmento, seguida pelo Rio de Janeiro e por Belo Horizonte, consecutivamente. Esse público avaliou nossa infraestrutura tendo como melhor ponto o serviço de táxi, e o pior ponto, o serviço de telecomunicação. Na infraestrutura turística, foram bem avaliados os restaurantes, com diversas opções, e no último lugar da lista, estão as rodovias, inúmeras em más condições ou inexistentes em alguns trechos. Com relação aos serviços turísticos, a hospitalidade brasileira ganhou a melhor avaliação, totalmente na contramão dos altos preços praticados por aqui, que receberam avaliação ruim.
Aproveitando esse cenário, levando em consideração a proximidade da nossa cidade de Itupeva até São Paulo e sua localização privilegiada, com fácil acesso às principais rodovias do País, pode-se trabalhar a captação do turista – nacional ou internacional – que vem ao interior, como exemplo, para os diversos distritos ou condomínios industriais de nossa região.
Vale lembrar que é um segmento do turismo que já existe em nossa Itupeva e merece mais atenção. Ele deve ser pensado e planejado a nível municipal e regional, depende de investimentos constantes em infraestrutura e modernização e necessita principalmente, de dinamismo na resolução de problemas. Somente após iniciada essa etapa é que haverá retorno com o aumento de divisas para nosso município derivadas do fluxo de negócios igualmente constante e esse ciclo poderá ser mantido e sempre melhorado, beneficiando a todos.
Por Rita Bonequini | Bacharel em Turismo pela Universidade Paulista.