Uma parceria iniciada em agosto entre a Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL) e a empresa Levita Assessoria Metabólica tem por objetivo prevenir as perdas e afastamentos de atletas por lesões durante o ano de competições. A partir de exames termográficos e de bioimpedância é possível identificar áreas do corpo em início de inflamação, encaminhar tratamentos e evitar, consequentemente, a queda no rendimento do time.
A fase experimental está sendo realizada em 19 atletas. “A primeira medição aconteceu em agosto. A partir das informações é feito planejamento para ações de fortalecimento muscular, fisioterapia ou nutrição, por exemplo. Com o resultado do segundo exame, realizado na sexta-feira (28), será possível verificar se o objetivo foi alcançado”, comenta o educador e treinador do time feminino de vôlei, Ademir Zamboni. A análise comparativa será liberada em até 15 dias.
O exame de bioimpedância mensura as massas magra e gorda, as porcentagens de água e de gordura no corpo, de forma segmentada. Já termografia utiliza uma câmera fotográfica especial que lê os raios infravermelhos emitidos pelo corpo, identificando as diferentes temperaturas das áreas. “As áreas com maior temperatura indicam que existe algum problema. Em grandes clubes de futebol, por exemplo, os atletas são submetidos a este exame diariamente”, explica o fisioterapeuta Fernando Imperato, responsável pela empresa parceira.
Jogadora de futsal pelo TIME Jundiaí, Bruna Gallera Gonçalves, passou dois meses afastada do time, no primeiro semestre deste ano. A causa foi um estiramento no joelho esquerdo. “Se tivesse passado por esse exame antes, teria evitado a lesão e não perderia o ritmo de jogo. Além da demora no tratamento, ainda é preciso enfrentar a recuperação do condicionamento”, reclama.
Essa perda de entrosamento, para a diretora do Departamento de Esporte de Formação e Rendimento, Rita Orsi, é apenas um dos problemas que podem ser prevenidos com o uso da tecnologia do esporte de alto rendimento. “Os exames oferecidos para os atletas de Jundiaí é o que há de mais moderno nos grandes clubes. A intenção da UGEL é criar um banco de dados com as informações e dar um olhar de continuidade ao trabalho. Além disso, os exames são motivadores já que os atletas se sentem envaidecidos e, de certa forma, fiscalizados, pela avaliação. É um olhar multidisciplinar”, aponta.
