Renata de Fátima Gonçalves Lima é mãe do aluno Daniel, de 11 anos, da Emeb Professor Geraldo Pinto Duarte Paes, no Jardim Ermida. Ele tem transtorno do espectro autista e transtorno comportamental, e é um dos 620 alunos com algum tipo de deficiência que estão matriculados no Sistema Municipal de Ensino.
“O Daniel recebe, na escola Geraldo, um atendimento excelente. Toda a equipe é empenhada e atenciosa, não só com ele, mas com os familiares. Ele está no 5º ano e vem sendo feito um trabalho gradativo, a fim de que se desenvolva bem. Inclusive, já o estão preparando para a mudança de escola. Eu posso dizer que meu filho é totalmente incluído na Emeb”, avalia.
O acompanhamento dos alunos com deficiências e altas habilidades é efetuado pelo Departamento de Educação Inclusiva da Unidade de Gestão de Educação (UGE). As crianças são matrículas nas escolas e o controle é atualizado por meio de um documento denominado Mapeamento, que tem informações cruzadas com o Censo Escolar e com o sistema Prodesp (GDAE).
“Além de dar o suporte para que a escola possa receber o aluno com algum tipo de deficiência, o setor colabora com estratégias pedagógicas, sugere adaptações arquitetônicas e faz a interlocução com os outros departamentos da UGE. Atuamos para que a criança seja incluída na escola com condições de igualdade de participação e sem que as barreiras sejam impeditivas para a vivência escolar”, explica o diretor do Departamento de Educação Inclusiva, Adauto Parré.
Para o atendimento ao aluno incluso, o município conta com profissionais de apoio – cuidadores, agentes de desenvolvimento infantil, estagiários de pedagogia e professores da rede -, os quais são direcionados para as unidades escolares, por meio de pedidos realizados, diante da necessidade de cada aluno, identificada após estudos que levam em conta as particularidades da criança. Constantemente, os profissionais passam por formações.
Serviço especializado
Dentro do Departamento de Educação Inclusiva também existe o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado ao aluno, no contraturno das aulas, em salas de recursos multifuncionais, localizadas em 26 escolas polos. A família do aluno é quem decide pela participação no serviço. Atualmente, 462 crianças participaram do AEE.
Renata Lúcia de Macedo Pena, mãe do aluno Giovani, de 11 anos, integra o grupo dos familiares que optaram pelo atendimento. Ela avalia positivamente o serviço. “Meu filho tem Síndrome de Down e frequenta o espaço no período da tarde. Ele gosta muito de ir. O atendimento é muito bom. Acredito ser importante levá-lo, porque qualquer estímulo extra no currículo será benéfico para ele.”
O diretor do Departamento de Educação Inclusiva acrescenta que, em paralelo a esse trabalho, a UGE também mantém convênios com instituições que prestam outros serviços, como de fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia. “O objetivo é sempre favorecer a inclusão dos alunos. Esse outro atendimento é realizado em horário diferente ao da escola. É o conjunto criado por essa interface de trabalho que vem garantindo destaque à inclusão no município, uma vez que cada aluno tem particularidades que precisam ser tratadas individualmente”, reitera Parré.