A partir desta segunda-feira, 22, quem se dirigir a uma unidade de saúde da Prefeitura de Vinhedo para tomar a vacina contra a febre amarela, além da carteira de vacinação, terá obrigatoriamente que apresentar um comprovante de endereço. A medida é uma orientação da Secretaria de Estado da Saúde, que faz a distribuição das doses aos municípios.
Outras cidades da região já seguiram a recomendação e adotaram a mesma medida. Isso ocorre porque as doses da vacina são dimensionadas para cada município, conforme o número de habitantes. Com a divulgação de novos casos da doença, a procura pela vacina voltou a aumentar bastante. Em Vinhedo, porém, não há nenhum caso suspeito da doença em humanos.
No município, neste ano, até esta sexta-feira, 1.999 pessoas já foram imunizadas. Em 2017, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, realizou um trabalho grandioso e planejado contra a febre amarela, que resultou na vacinação, em 12 meses, de 41.026 pessoas, praticamente 55% da população do município, conforme projeção do IBGE.
Em Vinhedo, desde o ano 2000 até o final de 2017, já foram imunizadas 83.299 pessoas, número superior ao da população de Vinhedo estimada pelo IBGE para o final de 2017, de 75.129 habitantes. A cidade não tem caso registrado de febre amarela nos últimos 30 anos.
A vacinação ocorre na UBS Planalto, Policlínica da Capela, UBS Von Zuben, UBS Vila João XXIII, UBS Três Irmãos, UBS Casa Verde e Centro Médico São Matheus, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira. É importante que se tenha a carteirinha de vacinação em mãos.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Tem elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle.
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as complicações e o risco de óbito.