A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), órgão da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) finalizou a avaliação de densidade larvária em Jundiaí e por mais uma vez os pratos, vasos de plantas, latas e garrafas lideram como criadouros de larvas de mosquitos Aedes aegypti. A cidade registra Índice de Breteau abaixo de 1 (0,7), o que a coloca o município em uma situação satisfatória. Porém alguns bairros como Rio Acima, Pinheirinho, Água Doce, Parque Centenário, Bairro do Poste e Cecap o índice alcançou o valor 2,0 (a cada 100 imóveis 2 apresentaram larvas de Aedes aegypti), colocando a região em alerta.
Os resultados foram avaliados pela biomédica Ana Lúcia de Castro, da UVZ, juntamente com a equipe do órgão e será apresentado para os agentes comunitários de saúde, que auxiliam na orientação aos munícipes e no levantamento. A análise foi realizada em 7.698 imóveis e destes, em 77 imóveis foram encontradas larvas e em 36 imóveis eram de Aedes aegypti, vetor transmissor das arboviroses.
Apesar de ser o primeiro resultado, o diagnóstico é um alerta para a existência do Aedes aegypti circulando e se reproduzindo na cidade. Situação que deve ser observada com atenção pela população. O levantamento identificou recipientes com potencial para criadouro, recipientes com água e recipientes já com larvas. Ainda o prato aparador dos vasos é o que lidera em todas as oito áreas identificadas pelo mapeamento. No entanto, foi observado aumento da presença das larvas em regiões com características de rural.
Segundo biomédica, a região do Rio Acima, Pinheirinho, Parque Centenário, Poste e Água Doce não figuravam, nos anos anteriores, como líderes em ocorrência de larvas dos mosquitos. Nessa área, o perfil dos recipientes identificados também foi diferente. A garrafa retornável divide a liderança com o prato dos vasos. “A ocorrência foi grande. Dos 31 imóveis com criadouros e larvas, em 15 eram Aedes”, comenta.
O trabalho de conscientização é realizado durante o ano inteiro, e, durante o processo de levantamento dos dados, a orientação foi intensificada e os moradores que tiveram criadouros encontrados nas casas, chácaras ou terrenos, foram orientados a eliminá-los. “O trabalho educativo é permanente na UVZ. As orientações estão voltadas para que, nos meses de dezembro e janeiro, quando a presença de descartáveis aumenta, e os criadouros também serão ampliados se não houver um cuidado adequado. A mobilização das pessoas para eliminação dos criadouros é fundamental para termos Jundiaí livre das arboviroses”, alerta.