Pesquisadores de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos conseguiram reduzir em 30% a radiação nas mamografias sem alterar a qualidade das imagens, com o desenvolvimento de um software que corrige radiografias.
A pesquisa é realizada em parceria com a Universidade da Pensylvânia, nos Estados Unidos, e a Universidade de Tampere, na Finlândia.
A mamografia é a principal ferramenta para o diagnóstico precoce de câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, quase 60 mil novos casos de câncer de mama surgem todos os anos no Brasil e toda mulher a partir dos 40 anos tem que fazer a mamografia anualmente.
Os pesquisadores analisaram, por meio de um software, os exames originais em 3D de 72 pacientes e simularam como ficariam as imagens com a diminuição da radiação.
O resultado foram imagens com várias imperfeições e granulações que poderiam atrapalhar o diagnóstico. Eles então entraram com um programa de computador que recuperou a qualidade das radiografias deixando-as com a mesma resolução das imagens realizadas pelo método tradicional.
O próximo passo da pesquisa é testar a precisão do diagnóstico. Os pesquisadores acreditam que ainda seja necessário mais um ano até a nova técnica chegar ao mercado.
Para o mastologista Carlos Erbolato, a técnica desenvolvida pela USP que pretende aperfeiçoar o exame de mamografia e reduzir a radiação é bem-vinda, mas deixa claro que os mamógrafos atuais são seguros