A diretoria do São Paulo está perdida. Totalmente perdida. Carlos Miguel Aidar assumiu a presidência com um discurso moderno. Mas sua atual administração parece a que fez na década de 80. Não é por acaso que o São Paulo ganhou um mísero título nos últimos seis anos - a pouco atraente Copa Sulamericana, em 2012. Juvenal Juvêncio em seus últimos anos como presidente mais atrapalhava do que ajudava. E Aidar parece ir pelo mesmo caminho.
A contratação do técnico colombiano Juan Carlos Osório representou uma quebra de paradigma. Saiu a boleiragem brasileira e entrou a modernidade estudada e preparada na Euorpa. É bom lembrar que a diretoria tricolor não tinha nenhum plano traçado e muito menos perfil de profissional a buscar - se cogitou Vanderlei Luxemburgo, Jorge Sampoli, Abel Braga e outros tantos com perfis nada semelhantes. Mas a escolha por Osório foi acertada.
Era de se esperar que o colombiano fosse ter dificuldades em seu início de trabalho. Os resultados não apareceriam de uma hora para outra, haveria dificuldades na comunicação e os jogadores não aceitariam de imediato o rodízio proposto.
Caberia aos dirigentes dar todo respaldo ao treinador, bancando e confiando neste estilo de trabalho. Mas não. Além de vender oito jogadores (por enquanto) o presidente do São Paulo se mostra frio, distante, deixando Osório na berlinda.
O colombiano enxergou no São Paulo a possibilidade de dar um salto na carreira. Mas hoje é o clube quem precisa mais dele, do que ele do clube. A possibilidade de resgatar parte da 'Soberania' de outros anos passa pela manutenção de Osório.