Termina o primeiro turno do Campeonato Brasileiro e o saldo é altamente positivo. É inegável que a qualidade do jogo disputado na Serie A melhorou muito em comparação aos últimos anos. É claro que para o torcedor fica a emoção da disputa pelo título que está muito mais acirrada do que nos dois últimos anos quando o Cruzeiro, merecidamente, disparou.
Mas para nós, analistas, fica evidente a disposição dos treinadores brasileiros em apresentar algo diferente, Hoje se joga por aqui algo bem mais próximo do que se joga na Europa. É claro que a qualidade técnica dos jogadores ainda é incomparável, já que os nossos melhores valores vão cada vez mais cedo embora. Porém, há grandes times jogando de maneira compacta, sólida e com muita intensidade. O Corinthians de Tite, o Grêmio do Roger, o Sport do Eduardo Baptista e o Atlético-PR do Milton Mendes são alguns exemplos de que técnico quando quer estudar e se aprimorar consegue se diferenciar.
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O Corinthians teve muitos méritos para vencer simbolicamente o primeiro turno do Brasileirão. O técnico Tite poderia ficar remoendo a eliminação na Libertadores, os salários atrasados e as perdas de Guerrero, Sheik, Petros e Fábio Santos. Mas ele preferiu trabalhar e rapidamente, com as peças que tinha na mão, conseguiu encontrar um time e faze-lo jogar.
Situação inversa vive o São Paulo, do colombiano Juan Carlos Osório. Por ser de fora, ele não tem o conhecimento que Tite, por exemplo, tem. Por isso, Osório parece não conseguir assimilar rapidamente as perdas de jogadores, contusões e suspensões. A cada hora ele muda as peças e com isso não consegue dar um padrão ao Tricolor. Que a diretoria são-paulina saiba que isso é uma consequência de ter contratado um técnico estrangeiro. A paciência tem que existir.