Jundiaí - Sexta-Feira, 25 de Setembro de 2015 - Hora:08:31

Mulher- Liderança e Política- continuando o assunto...

Por Lurdes Dorta

Consultando os dados no IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), referente aos municípios da Aglomeração Urbana de Jundiaí (Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí Louveira e Várzea Paulista) me fez refletir sobre o papel da mulher na política em nossa região.

 

Em porcentagem da população estamos equivalentes, somente os municípios de Campo Limpo Paulista, Jundiaí e Várzea Paulista estão com número de mulheres superior aos de homens, na casa dos 51%.

 

Em Jundiaí 33,7% das famílias são mantidas por mulheres.

 

Somamos 284.208 eleitores (total homens e mulheres)

 

A participação do público feminino na política ainda é muito pequena, e não corresponde à proporção de mulheres na região, afinal não ocupamos 50% dos cargos públicos eletivos. Na Câmara dos Vereadores, por exemplo, somos quantas em proporção aos homens? Elegemos alguma deputada Estadual ou Federal na última eleição? E no Senado não muda muito: de 81 senadores, 10 são mulheres (entre eleitas e suplentes).

 

Essa falta de representatividade coloca a realidade brasileira atrás de muitos países que dão destaque à mulher no cenário político. Segundo dados da União Parlamentar, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ficou no 129º lugar, em um ranking com 189 países. Quando foi realizado esse levantamento, as mulheres somavam apenas 8,6% no parlamento brasileiro.  Ficamos atrás de Ruanda (1º lugar, com 63,8% de mulheres), Suécia (4º, com 45%) e Argentina (20º, com 36,6%). 

 

Mas como podemos participar mais da Política?

Desde 2009, uma exigência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou que pelo menos 30% das candidaturas dos partidos fossem dedicadas ao sexo de menor representatividade: o feminino.

 

Portanto mulheres interessadas em disputar os cargos letivos na eleição de 2016, corram, o prazo máximo para filiação nos partidos é 01 de Outubro desse ano.

 

É importante que as pretensas candidatas se organizem desde cedo com toda a documentação necessária ao registro de suas candidaturas, que acontecem no até o dia 5 de julho de 2016. Uma boa candidata é aquela que demonstra, desde a fase da preparação da campanha, organização, conhecimento das normas e define metas e objetivos para seu propenso mandato.

 

Na eleição de 2014, os partidos não atingiram a cota da porcentagem de candidaturas femininas.

 

Ainda somos poucas no poder.

Mas não se trata de falta de interesse das mulheres, mas sim de partidos  fechados, que ainda privilegiam a representação masculina. Para postular uma candidatura, é preciso trabalhá-la de um a dois anos antes. Quando uma mulher se lança candidata no final de junho, ela está se lançando em função do partido, apenas para cumprir esta cota, portanto, não será uma candidata competitiva.

 

Por favor NÃO aceitem ou cedam seus nomes somente para cumprir essas cotas. Para sermos reconhecidas e conquistarmos nosso espaço primeiramente temos que nos valorizarmos.

 

Trocar sua candidatura por um mero período de folga do trabalho, ou para terminar um mestrado, Desculpe amiga! Me poupe de tomar conhecimento de uma atitude dessa, e não me venha reclamar posteriormente da política no seu município, país ou estado.

 

Apesar de, por lei, o Fundo Partidário (orçamento público garantido aos candidatos) ter 5% de sua verba dedicada à educação e conscientização de mulheres, há um subfinanciamento por parte dos partidos.

 

Os partidos destinam pouco ou nenhum apoio as campanhas das candidatas mulheres.

 

Como podemos corrigir essa realidade?

Entendo que a forma mais eficiente de corrigir isso é através de uma conscientização política em nós, mulheres. Conquistarmos nosso espaço com igualdade de oportunidades. Particularmente não aprecio essa questão de cota imposta, temos que conquistar nosso direito e representatividade com seriedade e respeito.

 

Por que é importante as mulheres ocuparem os cargos eletivos?

Porque precisamos de políticas públicas destinadas a igualdade de gêneros. Porque precisamos que considerem cada vez mais nosso lugar no cenário político.

 

Porque precisamos levar “nosso” jeito de fazer política para as esferas decisórias. Termos uma mulher ocupando o cargo de Presidente, em nosso país, não nos privou de sentirmos os reflexos de um jeito de fazer política sem seriedade e a margem da dignidade. Sabemos que esse NÃO é NOSSO jeito, todas as empresas que são geridas por mulheres tendem a ser mais organizada, mais humana e empreendedora.

 

Caras, ainda temos tempo para iniciar essa mudança !!!

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