O ex-deputado federal Miguel Haddad (PSDB) recebeu dois convites por parte do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) para ocupar o cargo de Secretário de Estado e um segundo convite para embaixador de relacionamento entre os governos federal e estadual.
“Fiquei honrado por ser indicado aos dois cargos, tanto de secretário do Estado, quanto para representante do Estado. Mas em função de outros projetos e objetivos, eu não aceitei”, contou durante entrevista.
Sua carreira política soma, até o momento, nove eleições e oito vitórias. Miguel iniciou na carreira pública em 1982, quando foi eleito vereador na cidade.
Ele foi prefeito de Jundiaí por três vezes, vice-prefeito, deputado estadual, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e presidente da Aglomeração Urbana de Jundiaí, que reúne, além de Jundiaí, também Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jarinu, Cabreúva, Itupeva e Louveira.
Apesar de não ter sido reeleito deputado federal nas eleições do ano passado, Haddad disse que existe um compromisso que ele deve cumprir com a cidade, inclusive para honrar os 86 mil votos recebidos.
“Não é a primeira vez que fico sem mandato. Quando terminou meu último mandato como prefeito de Jundiaí, a Maria Rita (esposa) e eu montamos uma ONG, a Jundiaí Solidária, onde levávamos cursos à população de baixa renda dos bairros de Jundiaí e região. Não será diferente agora", disse.
Miguel Haddad ocupava o cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo, porém não foi reeleito. O candidato do PSDB recebeu 86.042 votos, mas não atingiu o coeficiente eleitoral, perdendo a eleição por 3 mil votos.
Questionado durante a entrevista sobre os resultados gerais das eleições, Miguel contou que há uma série de razões pelas quais o PSDB obteve desempenho inferior, uma delas foi a performance de Geraldo Alckmin.
“A bancada paulista diminui, elegendo apenas seis candidatos. A atuação de um candidato influencia no contexto, tanto é que a bancada do PSL teve uma performance fantástica e isso se deve, naturalmente, pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. É claro que não é o único fator, mas influencia”.
Na bancada que compõe a Câmara Federal, o PSDB caiu de 14 representantes para seis. Já na Assembleia Legislativa, o partido ocupava 22 cadeiras e, neste mandato, terá apenas oito.
“Foi uma redução significativa. Fomos um dos partidos que teve a maior perda em número de deputados eleitos”, conta.
Apesar disso, Miguel segue com os serviços à população e também como primeiro suplente do partido e da coligação. Isso significa que, caso algum dos 17 deputados se afaste por alguma razão, Miguel Haddad é o primeiro a ser chamado para ocupar a vaga.
Durante a entrevista, Miguel Haddad descartou a possibilidade de se candidatar a prefeito de Jundiaí nas próximas eleições. “É uma honra ser prefeito de Jundiaí, mas eu já cumpri três mandatos. Tenho certeza que temos ótimos nomes, e o Luiz Fernando é o candidato do partido”.
Miguel afirmou também que tem orgulho do que faz e do compromisso que tem com Jundiaí e região e sente satisfação em contribuir com a cidade, com as entidades e com causas importantes como a causa animal.
Além disso, quer continuar a ajudar as entidades que, atualmente, enfrentam grandes dificuldades.
“Vou acompanhar as emendas para que elas cheguem às entidades e, assim, se transformem em ações e virem projetos. Estive no Grendacc dias atrás com o prefeito Luiz Fernando e discutimos temas relacionados à instituição”, finaliza.
Miguel contou que a agenda continua carregada mesmo sem ter sido reeleito. Ele manterá o escritório aberto e continuará com os atendimentos à população, assim como fará ponte entre o município e o Estado.
Com informações de: Tribuna de Jundiaí