Qualquer profissional que está insatisfeito com o seu local de trabalho gera problema. No futebol, isso fica mais evidente. Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano claramente estão jogando de má vontade no São Paulo. O centroavante, inclusive, lamentou o fato de ter que ficar no clube do Morumbi após ver fracassada sua negociação com o futebol mexicano.
Tanto Ganso como o Fabuloso já mostraram que tem uma qualidade indiscutível. Mesmo na fase ruim podem decidir uma partida a qualquer momento. Mas mante-los no elenco a contra-gosto apenas pelo que fizeram no passado, mesmo com um contrato ainda a cumprir é um tiro no pé. Sabota o time tricolor.
Sei que o São Paulo gastou um bom dinheiro para contratar os dois. Mas só a economia com os altos salários e o ganho técnico com a saída de ambos já vai compensar.
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Paolo Guerrero é disparado o melhor centroavante que atua no futebol brasileiro. Era certo que cairia nas graças do torcedor do Flamengo em pouco tempo. Com um bom programa de gestão, o peruano não só se paga como gera lucro para o clube. Só com a renda das partidas e com a venda de camisas entra um dinheiro considerável. E, soma-se a isso, a parte técnica que ele agrega - nos três primeiros jogos com a camisa do Mengão já marcou três gols.
A diretoria do Corinthians deve estar arrependida de não ter criado uma engenharia financeira para segura-lo. Só com as controversas contratações do começo do ano - Cristian, Edu Dracena e Vágner Love - dava para pagar Guerrero.
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Gosto muito do trabalho do técnico do Palmeiras, Marcelo Oliveira. Ele é hoje um dos técnicos tops do futebol brasileiro. O bom momento do Verdão tem muito o dedo dele. Porém, por justiça, não se deve esquecer do que fez o seu antecessor, Osvaldo Oliveira. Foi ele quem pegou um grupo totalmente novo, desentrosado e que criou a base que existe atualmente. Marcelo Oliveira deu sequencia ao bom trabalho que vinha sendo feito e o Palmeiras é hoje candidato ao título brasileiro.