O acordo foi assinado nesta quinta-feira (2) entre o Ministério da Saúde a empresa Varian Medical Systems, em Brasília, e contou com a participação do secretário de Saúde de Jundiaí, Luís Carlos Casarin. A escolha de Jundiaí se deu graças à articulação do prefeito Pedro Bigardi junto ao Ministério da Saúde e à empresa.
“A empresa optou por Jundiaí depois de considerar vários aspectos, como segurança, mão de obra, escoamento, logística e parque industrial. Mais uma vez Jundiaí se destaca por sua localização privilegiada, mão de obra de qualidade e os bons índices que vem alcançando nas mais variadas áreas. É uma grande conquista para a cidade e toda a população”, destacou o prefeito Pedro Bigardi.
secretário Luís Carlos Casarin explicou que o acordo faz parte da compensação tecnológica prevista no Plano de Expansão da Radioterapia no SUS. “As obras devem começar no início do ano que vem e a unidade deve iniciar suas atividades em 2018”, destacou.
A unidade de Jundiaí será a terceira da empresa no mundo a produzir aceleradores lineares, utilizados para a realização de radioterapia no tratamento do câncer. “O Ministério da Saúde está comprando 80 aparelhos de radioterapia para suprir a demanda em todo o País e a construção da fábrica aqui no Brasil faz parte do acordo”, explicou Casarin. Atualmente, existem apenas 6 fábricas no mundo que fabricam aparelhos, duas nos Estados Unidos, uma na Europa e três na China.
Além da fábrica para produção de aceleradores lineares, que ocupará uma área de 17.500 metros quadrados, estão previstas outras ações de desenvolvimento e qualificação de fornecedores locais, desenvolvimento de softwares e a criação de um centro de treinamento e capacitação no Brasil. “Com isso, Jundiaí coloca o Brasil como referência na América Latina na produção e treinamento. Vai significar muitos empregos diretos e indiretos, sem contar o grande investimento”, avaliou Casarin.
Capacitação
O presidente da empresa Varian no Brasil, Humberto Izidoro, ratificou que a escolha de Jundiaí se deve principalmente à infraestrutura local, com acesso a aeroportos internacionais e de carga, rodovias e porto, bem como a proximidade de centros de ensino e de centros de tratamento de câncer. “Com a fábrica e o centro de educação instalados no Brasil vamos capacitar todos os profissionais da América Latina. Serão mais de 50 treinamentos por ano e mais de mil profissionais capacitados”, informou Izidoro.
Atualmente, tanto os aparelhos, aceleradores lineares, como suas peças e softwares utilizados na programação das sessões de radioterapia e organização da assistência são importados, de forma que seus custos e preços sofrem constantemente com flutuações cambiais e tornam o Brasil totalmente dependente do mercado externo. O acordo dará ao Brasil maior autonomia nesta área estratégica para a saúde em relação ao mercado internacional.