As Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que já oferecem regularmente o teste de baciloscopia (coleta de escarro), vão incentivar a realização do exame, principalmente para pacientes com tosse persistente há mais de duas semanas, tabagistas, idosos e em condições de precárias de moradia e de local de trabalho.
Para a médica da Vigilância Epidemiológica, Sandra Ervolino, o exame é bastante simples e barato. Ela enfatiza que a doença é curável e seus sintomas não devem passar despercebidos. O tratamento dura no mínimo seis meses e é feito com antibióticos. Tanto exame quanto a medicação são gratuitos.
“A ideia é buscar o quanto antes os pacientes para diminuir a incidência da doença na cidade”, explica Sandra. “É preciso dizer que a tuberculose não mata se tratada e a busca precoce diminui a transmissão”, enfatiza.
Em Jundiaí, estão comprometidos nas campanhas todas as UBSs, ambulatórios, hospitais públicos e particulares, além do Centro de Detenção provisória (CDP).
A doença
A tuberculose é uma doença causada por bactéria e sua forma mais frequente é a pulmonar, mas ela pode também acometer os ossos, pleura (membrana que envolve os pulmões), intestino, rins, gânglios e meninge. Sua transmissão é feita de pessoa a pessoa, quando algum doente fala, espirra ou tosse e espalha no ar as bactérias, que podem ser aspiradas por outras pessoas. Não se transmite a doença pelo contato com objetos, talheres, copos, relação sexual e beijo, por exemplo.
São sintomas da tuberculose: tosse persistente, febre, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço e dor no peito. Ambientes fechados e mal ventilados facilitam a transmissão. Gripes e pneumonias não avançam para um quadro da doença, já que é necessário o contato com o bacilo (bactéria) para o contágio.