Em entrevista à Rádio TEC nesta terça-feira (26), o gestor de Governo e Finanças (UGGF), José Antonio Parimoschi, explicou que, atualmente, Jundiaí investe mais da metade do valor arrecadado com o IPTU em Educação e Saúde. “A lei exige que sejam investidos no mínimo 25% dos impostos em educação e 15% em saúde. O Município direciona cerca de 30% no desenvolvimento do ensino básico e creches e perto de 30% no sistema de saúde”, destacou.
Segundo Parimoschi, a destinação dos recursos visa alcançar uma justiça social. “Os serviços públicos são mais usados pelas classes D e E, que paga pouco ou não paga IPTU e não tem condições de ter um plano de saúde, por exemplo. É uma parcela grande da população que precisa das UBSs, creches e outros serviços. Ou seja, na medida em que se eleva um pouco o IPTU da classe média e de quem tem mais condições de pagar, você está financiando quem mais precisa do apoio do Estado”, ressaltou.
O gestor lembrou também que o valor venal dos imóveis de Jundiaí está defasado em função da valorização significativa ocorrida nos últimos anos, “justamente pelo fato de o Município ter uma excelente infraestrutura e ser um dos melhores do Estado para viver”. Uma análise feita por técnicos da Prefeitura revelou que há casos em que o valor venal está até 4.000% defasado em relação ao valor de mercado do imóvel.
Atualmente, Jundiaí tem uma rede de 112 unidades escolares com 35 mil alunos, entre escolas de ensino fundamental e creches e 4 mil profissionais (sendo 2 mil professores), uma rede de saúde com 37 UBS, 15 ambulatórios de especialidades, dois hospitais – o São Vicente e o Universitário, que atendem Jundiaí e região – além de inúmeros equipamentos sociais, culturais, esportivos e de lazer. “Cerca de R$ 500 milhões do Orçamento são aplicados nesses equipamentos”, pontuou Parimoschi.