Durante reunião ocorrida nesta sexta-feira (22), no Paço Municipal, entre o Prefeito Luiz Fernando Machado e demais representantes da Aglomeração Urbana de Jundiaí, além do deputado Miguel Haddad e Grendacc, foi acordada a necessidade de criação de convênios individuais para auxiliar a entidade no atendimento aos pacientes com câncer com menos de 17 anos da região. Jundiaí, – que arca com R$ 143 mil mensais, custeio superior ao custo dos pacientes da cidade -, disponibilizou minuta de convênio para auxiliar as administrações do bloco a iniciar o trâmite. Em paralelo, os prefeitos se comprometeram em unir forças para reivindicar ações positivas do Estado e do Governo Federal.
O repasse federal para o tratamento oncológico pediátrico mensal é de R$ 26.430 mil. O valor representa apenas 10% do custo. ”Precisamos estabelecer encaminhamentos objetivos e práticos. É um embrião de discussão de uma realidade dura, que deve ser ampliada para outras áreas. O município absorve responsabilidades que não são dele, mas não podemos deixar a população sem assistência. O convênio, mesmo que não seja no valor da totalidade do custo referente ao Grendacc, é bem-vindo”, argumenta o chefe do Executivo de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.
Os representantes dos municípios presentes (apenas Campo Limpo Paulista não compareceu) se comprometeram em auxiliar financeiramente conforme a disponibilidade orçamentária. “É importante destacar que os municípios precisam construir um plano de trabalho para fundamentar os recursos no orçamento até pelo Plano Regional de Saúde, que deve ser finalizado em novembro”, lembra o gestor da Unidade de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi.
Para exemplificar os custos de cada cidade da AUJ, o Grendacc apresentou planilha contabilizada nos últimos 40 dias. Os pacientes de Jundiaí custaram R$ 118 mil entre agosto e setembro; Itupeva – R$ 44,5 mil, Cabreúva – R$ 40,5 mil, Campo Limpo Paulista – R$ 29,7 mil, Louveira – R$ 13,2 mil, Várzea Paulista – R$ 12,9 mil e Jarinu – 2,5 mil. Jundiaí, Jarinu e Louveira já possuem convênio com a instituição e todas com valores repassados acima do demanda pela população atendida.
“Se não estivermos envolvidos, não será possível explicar para a mãe da criança que ela ficará sem atendimento. É um problema que precisa ser resolvido”, destaca o deputado federal Miguel Haddad, lembrando sobre a importância da união da região para reivindicar os repasses que devem ser feitos pelos governos Estadual e Federal.
O horizonte de expectativas dá alento para a presidente do Grendacc, Verci Bútalo. “Estamos conversando com os municípios individualmente. Entendemos que passaremos um final de ano mais apertados, mas não vamos deixar crianças sem assistência”, afirma.