Único a atender alta complexidade no Aglomerado Urbano de Jundiaí, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) aumentou em 7,27% a quantidade de cirurgias realizadas entre maio a dezembro de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Comparando com equipamentos públicos do interior, o hospital jundiaiense supera em quantidade de cirurgias realizadas por sala os campineiros Hospital Municipal Mário Gatti e até o Hospital da Unicamp. O crescimento é derivado de medidas organizacionais adotadas por todas as equipes envolvidas no atendimento à população. Para este ano, os projetos da administração do hospital é ampliar a humanização do atendimento, com a adoção de determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) relacionadas à segurança do paciente.
Em termos de comparação, entre os meses de maio e dezembro de 2017, foram realizadas 4.323 cirurgias no HSVP, 293 cirurgias a mais que o mesmo período do ano anterior. Os procedimentos foram realizados nas 8 salas cirúrgicas do complexo, o que resulta em média de 67 cirurgias por mês, por sala. O Hospital Municipal Mario Gatti, que também conta com 8 salas de cirurgia, de acordo com dados do portal da transparência da instituição, realiza 53 cirurgias/sala/mês. “Conseguimos atingir essas marcas a partir de medidas que aceleraram a liberação do centro cirúrgico e eficiência no tempo para higienização. Agora, contamos com leitos de Sala Dia, para que os pacientes aguardem a liberação de leitos, para a internação. A medida é simples e destravou o atendimento. O HSVP tem 95% do tempo das salas do Centro Cirúrgico ocupado”, salienta a gerente de enfermagem Grace Daiane Silva de Campos.
Outra medida que aumentou a eficiência foi o tempo de higienização. Entre um procedimento e outro, a equipe tem 30 minutos para fazer a assepsia do local e prepará-lo para o procedimentos seguinte. “Com todas essas medidas conseguimos reduzir os cancelamentos de procedimentos. Até 2016, 15% das cirurgias eram canceladas. Desde o ano passado, o percentual baixou para 3%”, detalha a gerente.
Futuro
Para este ano, a meta é ampliar as ações de humanização do atendimento, com a adoção de medidas preconizadas pela OMS relacionadas à segurança dos pacientes. “A partir da criação do Núcleo de Segurança do Paciente foi padronizado o atendimento pré-operatório, com checagem de exames antes de a pessoa dar entrada no complexo, com todas as documentações assinadas. A conferência é feita também dentro do centro cirúrgico. O paciente já entra para a sala com a lateralização da cirurgia definida e marcada na pele”, explica.
A humanização vem sendo agregada ao atendimento do hospital com a implantação da sala de acolhimento dos acompanhantes, ofertando conforto e privacidade para os parentes, bem como informações, já que no ambiente é possível acompanhar o andamento do procedimento por uma tela, atualizada de forma on-line.
O Hospital São Vicente foi recebido no dia 1º de janeiro de 2017, com R$ 261 milhões em dívidas, sendo R$ 21 milhões de curto prazo e R$ 43 milhões provenientes de empréstimos bancários. Com a reorganização financeira, foi possível reduzir os custos do hospital em R$ 2 milhões por mês, o que possibilitou o pagamento dos funcionários em dia, e parcelar o pagamento atrasado de 2016, em 11 parcelas, que serão pagas a partir de fevereiro de 2018. Após negociações com bancos credores, foi possível reduzir a apenas os juros o pagamento de empréstimos tomados na gestão anterior. Outra medida conseguida pela administração foi R$ 16,5 milhões provenientes do Estado, no ano, como auxílio para custeio da instituição.
