A Fundação Oswaldo Cruz dá início a uma nova fase de combate à dengue, zika e chikungunya, no Rio nesta terça-feira (29). Com o projeto Eliminar a Dengue, serão soltos em dez bairros da Ilha do Governador 1,6 milhão de mosquitos de Aedes egypti modificados, contendo a bactéria Wolbachia, que reduz significativamente a propagação do vírus que transmite as doenças. Neste projeto, que termina no final de 2018, também serão soltos mosquitos modificados no Centro e nas zona Norte e Sul da cidade. Como planejado com a prefeitura, somente a Zona Oeste Ficará de fora.
A liberação em larga escala começa na Ilha do Governador, nos bairros de Ribeira, Zumbi, Cacuia, Pitangueiras, Praia da Bandeira, Cocotá, Bancários, Freguesia, Tauá e Moneró.
De acordo com a Fiocruz, a capacidade de produção semanal de ovos do mosquito é de 10 milhões por semana. A liberação acaba em 2018 e espera beneficiar 2,5 milhões de habitantes.
Segundo o pesquisador Luciani Moreira, o mosquito modificado tem capacidade para, a partir de sua reprodução, reduzir em 30% a incidência de epidemias nos locais onde foram soltos. Em 2015, mosquitos modificados foram soltos em Tubiacanga, na Ilha, e em Jurujuba, em Niterói. A redução de mosquitos com o vírus da dengue foi de 100% e de 96,5%, respectivamente.
Os mosquitos com a bactéria Wolbachia, que não transmitem a doença, promovem uma substituição gradual da população de mosquitos que transmite a doença.
Nos cruzamentos dos mosquitos que têm e dos mosquitos que não têm a bactéria, a Wolbachia é transmitida e impede que os novos mosquitos passem doenças como dengue, Zika e chikungunya.