O pesquisador e psicólogo norte-americano Kurt Gray, professor da Universidade da Carolina do Norte e PhD em psicologia em Harvard, desenvolveu um método comparativo entre textos dos últimos três meses de vida de pacientes com câncer e esclerose lateral amiotrófica e outros escritos de palavras finais de pessoas saudáveis que deveriam se imaginar à beira da morte. Além disso, o pesquisador utilizou registros do Departamento de Justiça do estado do Texas para comparar também as últimas palavras e pensamentos de presos que se encontravam no corredor da morte e pediu para que outros detentos produzissem textos imaginando estar na mesma situação.
Com um surpreendente resultado, o psicólogo Kurt descobriu que pacientes e detentos que estavam encarando a morte de fato procuravam deixar os seus textos mais otimistas, com palavras menos negativas e análises mais profundas sobre seus relacionamentos e religião que praticaram em suas vidas.
O psicólogo concluiu que para nós que não estamos cientes de quando morreremos, a morte é desagradável e por isso a repudiamos, mas para alguém que sabe que está em seus últimos momentos, “passar para o outro lado” é algo agradável e as vezes até tranquilizante. De acordo com relatos feitos a psicólogos por estes pacientes que estavam prestes a morrer, chega um determinado momento que o tormento e a angustia passam e essas pessoas aceitam e já não querem mais sofrer. Já os familiares repudiam a ideia de morte até o último momento.
Segundo os estudos do psicólogo, nossa sociedade ocidental se concentra mais no viver o presente, na felicidade e no consumismo atual por que a ideia de morte se encaixa em uma forma de castigo. Como etapa essencial na evolução humana, evitar a morte passou a ser algo tão essencial que o simples fato de pensar sobre já nos aflige.