Dentre as maiores vítimas, estão bebês com menos de 28 dias e idosos com mais de 60 anos. Nesse grupo, quedas no hospital, infecções localizadas da cirúrgia, trombose venosa e embolia pulmonar estão entre as causas evitáveis mais frequentes.
Ainda, infecções associadas ao uso de sonda e a de cateter venoso central são causas comuns que poderiam ter sido evitadas, aponta o levantamento.
A pesquisa acompanhou 240.128 pacientes que tiveram alta hospitalar entre o início de julho de 2016 e final de junho de 2017.
O estudo teve como um dos responsáveis o médico Renato Couto, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
Qualidade dos hospitais no país
O trabalho cita um trabalho de 2009 ("Desempenho hospitalar no Brasil", de La Gorgia e Couttolenc) para situar a qualidade dos hospitais no páis. Segundo esse estudo, o hospital brasileiro típico tem pequeno porte e tem apenas 34% da eficiência se comparado aos melhores hospitais do país.
Eles também possuem modelos de gestão inadequados e pagamento com base na produção. Ainda, 60% dos hospitais têm até 50 leitos, contra um porte mínimo recomendado de 200 leitos.
Na conclusão, os autores do levantamento apontam ser necessáriio qualificar a rede hospitalar brasileira, incluindo a gestão baseada em normas certificáveis. Uma melhor padronização, afirmam, melhora o resultado de redes assistenciais.