O vereador Rodrigo Paixão (PSOL), presidente da Comissão, acompanhado dos vereadores Valdir Barreto (PSOL), Hamilton Port (PROS), e Dr. Alexandre Viola (PPS), representado pelo Assessor Dr. Alessandro Marcel Bertinato, se reuniram com o diretor-presidente do DAE de Jundiaí, Jamil Yatin e com o diretor de mananciais Aray Martinho.
A reunião aconteceu na terça-feira (12/05), e foi possível comprovar que a cidade de Jundiaí é uma das poucas da região que se preparou para a crise hídrica. Os investimentos começaram há aproximadamente 30 anos. Isso faz com que Jundiaí tenha alternativas na captação de água.
AÇÕES
Referindo-se a união das cidades que devem dialogar com o governo estadual, apresentando a situação e reivindicando ajuda para a solução da crise hídrica, o diretor-presidente comentou: “Não estamos em um país com água em abundância, não estamos na terra da garoa e no país tropical, não tem como as cidades não sentarem e conversarem”.
Jundiaí, assim como Campinas são cidades que tem conversado com o governo estadual, manifestando interesse em captar água das represas de Pedreira e Amparo, quando estiverem prontas.
As ETA´s principais da cidade de Jundiaí são a Anhangabaú e a ETA Eloy Chaves.
Além de abastecer a cidade, o DAE também fornece água para três empresas instaladas em Jundiaí e vende 1,24% para a cidade de Várzea Paulista.
Sobre a estiagem que atinge o estado, o diretor de mananciais foi enfático: “não existe mais regra para clima, planejar futuro com dados passados não existe mais, agora é por cenários”.
Se a estiagem chegar e a seca atingir as cidades, Jundiaí poderá garantir o abastecimento à população por até dois meses, estendendo para dois meses e duas semanas quando as obras em uma das Bacias forem terminadas em dezembro.
O DAE continua investindo em alternativas de captação de água, principalmente na Bacia Caxambu e na Represa de Acumulação, com capacidade para 8 bilhões de litros.
100% do lodo é tratado e transformado em adubo, depois vendido. Também está sendo feito o assoreamento da Represa Jundiaí Mirim.
Em parceria com o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), o DAE tem feito um levantamento das áreas em degradação, para recuperação das nascentes.
Um trabalho entre o DAE e a secretaria da Agricultura, para recuperação de nascentes, permite que o TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental) seja aplicado aos proprietários de terra. O DAE conta aí com os dados do CAR e com a Área Georreferenciada. Não existem gastos para os proprietários, o termo é a garantia que eles manterão as plantações ativas.
Diante das ações já tomadas em Jundiaí, comparando com as ações tomadas pela Sanebavi em Vinhedo, o presidente da Comissão, vereador Rodrigo Paixão (PSOL), lamentou: “estamos apenas sendo reativos”.
RIO CAPIVARI
Após serem informados que três bairros de Jundiaí despejam esgoto no Rio Capivari, que abastece a cidade de Vinhedo, o assunto se tornou uma das preocupações da Comissão e foi questionado durante a reunião.
De acordo com o diretor de mananciais do DAE de Jundiaí, existem duas estações de tratamento de esgoto voltadas apenas para o tratamento do esgoto depositado no Rio Capivari, a Fernandes e a São José, com 95% de eficiência cada uma.
A Comissão tem participado de reuniões e seminários sobre a água, outras cidades ainda serão visitadas, após as reuniões, serão feitas visitas técnicas as Bacias da região.