Em Itupeva a saúde pública enfrenta situação de caos. De um lado gestores com pouca vontade política, levando em consideração interesses pessoais ou de suas legendas políticas, de outros profissionais insatisfeitos, que não são valorizados devidamente, com salários atrasados, enfim em um processo de sofrimento profissional. Quem paga a conta e vive as consequências deste quadro é a população usuária, que enfrenta esta crise de frente, aguardando atendimento, com falta de remédios, longas filas de espera por um exame rotineiro, enfim colocada a própria sorte.
As verbas destinadas à saúde são insuficientes, e para concluir isso não é preciso ser nenhum estudioso do assunto, e ainda sim estar sobre ataque corrosivo de dois fatores: desvio e corrupção, resultado de uma má gestão com prejuízos não mensuráveis.
Segundo levantamento, cerca de um quarto (32%) da população recorre a planos privados de saúde para que possam ser atendidos em suas necessidades, suprindo assim a deficiência do sistema público. Isso é um absurdo. A iniquidade gerada pela má administração dos recursos da saúde, assim, atinge os pobres, aqueles que não podem arcar com esse tipo de despesa. E na contramão deste fato diariamente nos deparamos com notícias de corrupção, desvio de verbas e construção de obras que não saem do papel, que muitas vezes, inacabadas, tornam-se elefantes brancos, uma espécie de monumento à má gestão, esfregando na cara do usuário, diariamente, a falta de planejamento e de conhecimento por parte dos governantes e de seus escolhidos para gerar estrutura e qualidade ao serviço público de saúde municipal
Um exemplo de caos instalado é o Pronto Socorro Municipal de Itupeva, que sofre com a falta de estrutura e equipamentos, local de fatos inusitados, como médico pediatra pedindo calma aos pacientes usando da própria situação, alegando falta de pagamento do próprio salário, além disso, de falta de medicamentos, sucateamento de seus equipamentos e número reduzido de profissionais comprometendo assim o atendimento da população que deveria ser eficaz e eficiente.
Também podemos citar a falta de ambulâncias para o atendimento público, veículos deteriorados que acabam por atender outras demandas do município, exemplo de uma ambulância que foi destinada a manutenção predial de escolas. Como podemos dormir tranquilos, pois não temos mais o direito de ficar doentes!
Se todas as melhorias prometidas estivessem funcionando e o básico estivesse sendo realizado estaríamos salvos, mas há os que insistem em encobrir a verdade, acreditando que o marketing é maior que a vida humana.
Salvem a saúde pública de Itupeva!