A Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) tem promovido algumas modificações no fluxo do Cadastro Único a fim de humanizar o atendimento e melhorar a comunicação com os atendidos no local, em sua maioria pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dentre as novidades, estão a reorganização da distribuição de senhas, a oferta de água mineral e café para os usuários, a instalação de uma mini brinquedoteca na sala de espera e, em breve, uma campanha com distribuição de materiais explicativos.
“Muita gente acredita que o Cadastro Único seja tão somente o Bolsa Família, mas este é apenas um dos programas que o serviço atende”, esclarece a gestora da UGADS, Nádia Taffarello Soares. Em Jundiaí, por exemplo, o serviço engloba os programas federais e estaduais: Carteira do idoso; Isenção de Taxas de Concurso Público Federal ou da OAB; Minha Casa, minha Vida; Tarifa Social de Energia; INSS para dona de casa; Carta Social; Passe Livre Federal; Benefício da Prestação Continuada (BPC); Ação Jovem; Viva Leite; além do municipal Programa Água na Boa e, em breve, a distribuição dos kits de conversor digital (que somente em Jundiaí devem totalizar cerca de 12 mil unidades, a serem entregues até antes do desligamento do sinal analógico de televisão, previsto para novembro).
Para a diretora de Vigilância Social, Maria Brant, “as mudanças promovidas são sutis, mas já repercutem na qualidade do atendimento. Os brinquedos tornam menos penosa a espera das crianças e a flexibilização das senhas permite que a pessoa calcule o horário em que será atendida e possa resolver outros assuntos, como ir ao Poupatempo, buscar o filho na escola ou dar assistência a algum parente em casa”.
A moradora do Jardim Tamoio Daniele Pereira de Almeida visitou o Cadastro Único nesta quinta-feira (8) para tratar do Bolsa Família e aproveitou o espaço da brinquedoteca para entreter Alexsandro, seu filho de um ano. “O atendimento aqui é de boa qualidade, mas em vista do tempo que se leva para o preenchimento do cadastro, que é extenso, a demora pode levar um pouco. O bom é que assim não vemos o tempo passar”, elucida.
O usuário que utiliza o serviço é entrevistado e, por isso, Maria Brant aponta que o Cadastro Único deva ser aproveitado como um instrumento de gestão e de proposição de políticas públicas. “O Cadastro não é só uma ferramenta de assistência social, mas também pode ser pensados grandes projetos de educação, urbanismo, saneamento, serviços públicos, saúde e oferta eficaz de transporte para a cidade”, ilustra.
Planos futuros
O Departamento de Vigilância Social estuda implantar um sistema de agendamento de horários via territórios de ação dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), Centro de Referência Especializado da Assistência Social para população em situação de rua (Centro Pop) e Centro de Convivência do Idoso (Criju). “Como são essas entidades nos territórios que indicam quais usuários devem ir ao Cadastro Único, a ideia é que elas possam também já agendar o horário para os atendimentos, o que evitaria filas e a espera por parte dos usuários”, explica Maria.
O Cadastro Único fica no Complexo Fepasa, na avenida União dos Ferroviários, 1760, bairro Ponte de Campinas.