Ministério da Saúde divulgou um novo balanço dos casos e mortes por febre amarela no Brasil nesta quarta-feira (7). São 353 casos confirmados da doença, sendo que 98 pessoas morreram devido à infecção no período de 1º de julho de 2017 a 6 de fevereiro de 2018.
Até a última semana, o balanço era de 81 mortes e 213 casos. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 mortes, informou o Ministério.
Segundo o boletim atual, foram notificados 1.286 casos suspeitos até 6 de fevereiro deste ano, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação.
Os dois estados mais afetados são São Paulo e Minas Gerais, com 161 e 157 casos confirmados, respectivamente. O Rio de Janeiro detectou 34 infecções por febre amarela, seguido do Distrito Federal, com apenas uma pessoa.
Há uma queda 30,6% no número de casos confirmados em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, a alta nas infecções causa preocupação devido à proximidade das pessoas afetadas com grandes cidades, como Rio e São Paulo.
Não há casos de febre amarela urbana no país desde 1942. Nesta segunda-feira (5), o G1 noticiou o primeiro caso autóctone da doença em São Bernardo do Campo. O Ministério da Saúde disse que está investigando o caso para ver qual foi o vetor da infecção – mosquito Aedes, Haemagogus ou Sabethes – e qual o histórico do paciente.
As primeiras manifestações da febre amarela são inespecíficas (já que podem ser confundidas com outras doenças). As pessoas atingidas podem apresentar, no entanto, febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias, mas a maioria das pessoas melhora após esse período, de acordo com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Já a forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
A doença é transmitida quando um mosquito pica um humano ou macaco infectado e, depois, com o vírus em seu organismo, volta a picar uma pessoa ou animal.
Fonte: G1