Em contrapartida, o Hospital São Vicente de Paulo (HSV) e Jundiaí arcam com custos de atendimentos de outros municípios com recursos próprios.
O secretário de Saúde de Jundiaí, Luís Carlos Casarin, esteve reunido na manhã desta quarta-feira (22) com o secretário adjunto de Saúde de São Paulo, Wilson Polara. Durante o encontro foram negociadas várias ações, incluindo a ampliação de atendimentos do HR em ortopedia e urologia.
No caso da ortopedia, existem hoje mil pessoas na fila de espera para cirurgias eletivas ortopédicas para colocação de próteses no HSV. Desse total, 40% são das cidades do entorno que fazem parte do AUJ. Casarin informou à reportagem que cancelou os procedimentos para pacientes de outras cidades. “Não é justo que Jundiaí arque com os custos das próteses para outros municípios. São artigos caros. Queremos que o Estado banque esses procedimentos, com a realização dessas cirurgias no Hospital Regional. A equipe do São Vicente já se dispôs a realizar o atendimento lá, mas com recursos do Estado”, explica.
Segundo o secretário, hoje, o Estado responde por apenas 0,53% dos custos do São Vicente. “O São Vicente é o hospital que mais recebe transferência do sistema da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e é o único que não recebe recursos dos programas Pró-Santa Casa e Santa Casa Sustentável, apesar de estar classificado como hospital estruturante”, conta.
A resposta sobre quando Jundiaí começará a receber os valores (R$ 125 mil por mês pelo Pró-Santa Casa e R$ 2,156 milhões pelo Santa Casa Sustentável) será dada pelo próprio secretário adjunto, em visita ao HSV prevista para o início do próximo mês. A pendência documental, que era a certidão negativa de débitos, foi conseguida, após negociação de dívidas trabalhistas no valor de R$ 140 milhões. “A Receita Federal abriu a negociação do Refis e o valor foi baixado para R$ 32 milhões. Pagamos R$ 7 milhões de entrada, com o parcelamento do restante”, detalha Casarin.
Dependência - Os prefeitos de Campo Limpo Paulista, José Roberto de Assis (PR), e de Várzea Paulista, Juvenal Rossi (PV), mais o secretário de Saúde de Itupeva, Marco Ferrari, participaram da reunião do AUJ, realizada nesta quarta-feira (22), com a diretora da Diretoria Regional de Saúde 7, Márcia Bevilacqua, e o presidente do AUJ e prefeito de Cabreúva, Henrique Martin (PDT).
Assis e Rossi ressaltaram a dependência que suas cidades têm do HSVP. “O Hospital Regional ainda está subutilizado. São poucos os atendimentos realizados lá para Várzea. Quem salva a pele é o São Vicente”, disse o prefeito de Várzea.
José Roberto de Assis também afirmou que o Regional não oferece as especialidades que formam a maior demanda da região. “ (O Hospital) Precisa de especialidades que estão com atendimentos atrasados. Por enquanto, o Regional não está ajudando a desocupar os leitos do São Vicente nas situações de média complexidade”, considerou o prefeito de Campo Limpo. Segundo Martin, a reunião teve como objetivo criar uma agenda de discussão da Saúde. “É importante que todos os municípios discutam suas necessidades para melhor atender ao Aglomerado”, comentou o prefeito de Cabreúva.
Fonte: jj.com.br
