Em 2017, a Prefeitura de Vinhedo, por meio da Secretaria de Saúde, realizou um trabalho grandioso e planejado contra a febre amarela, que resultou na vacinação, em 12 meses, de 41.026 pessoas, praticamente 55% da população do município, conforme projeção do IBGE. Como resultado, a cidade segue sem registro da doença em humanos, mas as ações prosseguem e a imunização segue disponível para aqueles que ainda não foram aos postos de Saúde.
“No ano passado, nossas equipes não mediram esforços para vacinar a população vinhedense. A imunização foi realizada inclusive na área rural da cidade, trabalho realizado durante finais de semana. Mas não podemos baixar a guarda, até porque, temos visto outras cidades registrando casos positivos da doença. Os esforços prosseguem”, comentou o prefeito Jaime Cruz.
Para aqueles que ainda não se imunizaram, a vacina segue disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde, no Centro Médico do São Matheus e na Policlínica da Capela.
Em Vinhedo, desde o ano 2000 até o final de 2017, já foram imunizadas 83.299 pessoas, número superior ao da população de Vinhedo estimada pelo IBGE para o final de 2017, de 75.129 habitantes. A cidade não tem caso registrado de febre amarela nos últimos 30 anos. Foram três casos suspeitos no ano passado, todos descartados. Mas a prevenção é fundamental, uma vez que outras cidades estão confirmando casos da doença.
“Em 2017, em decorrência do avanço da doença pela região, Vinhedo intensificou a vacinação. No início do ano, seguindo recomendação da Secretaria de Estado da Saúde, a vacinação estava disponível apenas para um público específico. Em abril, foi feito um trabalho de campo pela área rural, quando cerca de 2.500 pessoas foram imunizadas. Em maio, teve início a imunização em massa, ação que prossegue em todas as Unidades de Saúde”, salientou o secretário de Saúde, Alexandre Viola.
A vacinação ocorre na UBS Planalto, Policlínica da Capela, UBS Von Zuben, UBS Vila João XXIII, UBS Três Irmãos, UBS Casa Verde e Centro Médico São Matheus, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira. É importante que se tenha a carteirinha de vacinação em mãos.
Ocorrências em macaco
Em macacos, das 41 notificações ao longo de 2017, 10 deram positivo para febre amarela. Outras 30 deram negativo e uma aguarda resposta. É importante destacar que os primatas não transmitem a doença, mas a contaminação deles confirma a circulação do vírus da febre amarela.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Tem elevado potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle.
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as complicações e o risco de óbito.