A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) colhe os frutos da reestruturação e gestão eficiente dos recursos, iniciada no ano passado. A oferta de medicamentos é um exemplo. Com abastecimento de 97,6% dos 296 medicamentos constantes na Relação de Municipal de Medicamentos (Remume), o estoque registra apenas cinco substâncias em falta – por restrições na produção industrial. A organização garante o tratamento de mais de 200 mil usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Mesmo com as dificuldades registradas em 2017, a oferta de medicamentos foi acrescida de 5,7% em relação ao ano de 2016. A partir deste ano, com orçamento próprio, a gestão dá início à fase de entregas dos projetos e programas, com o o foco na melhoria da qualidade de vida da população.
O aposentado Nivaldo Vieira, 84 anos, faz uso de medicamentos para controlar a hipertensão. Os medicamentos ele recebe na UBS Central, onde faz acompanhamento da saúde. “Tomo remédios cedo e à tarde para controlar a pressão. Não tenho mais nenhum outro problema de saúde. É uma grande facilidade sair da UBS já com o tratamento nas mãos”, conta.
Outro que também se beneficia com a oferta da UGPS é Manoel Ferreira, 47 anos. Ele, que é hipertenso, e a mulher, que faz o controle dos hormônios da tireoide. “No início do ano passado houve atraso na entrega de alguns medicamentos. Mas desde o ano passado, não há o que reclamar. Não tem falta de nada. É rápido. Basta comparecer à UBS com a receita prescrita com o nome da substância do medicamento, e pronto”, detalha.
De acordo com a coordenadora da Assistência Farmacêutica, Ana Cláudia Jordão Rodrigues, a antecipação das compras com organização da pasta, proporcionam o resultado positivo para a população. “No ano passado, recebemos o estoque com o que havia, sem as previsões de compra ou agendamentos de entregas. Em 2017, 73 medicamentos estavam em falta e precisavam ser rateados entre as UBSs outros 16 estavam com estoque zerado. Com o trabalho desenvolvido pela gestão, conseguimos equacionar os problemas. Apenas seis medicamentos estão sendo rateados entre as UBSs, sendo que, cinco deles por falta de substância para a produção na indústria. Todos estão comprados”, detalha a coordenadora.
O gestor da UGPS, Tiago Texera, menciona o alcance do bom resultado. “São mais de 200 mil pessoas que estão recebendo seu medicamento e realizando o tratamento de forma correta. No ano passado foram dispensados 101.362.920 unidades farmacêuticas, que são frascos, comprimidos ou tubos de tomada. Mesmo com as dificuldades enfrentadas em 2017, ampliamos a oferta em 5,7%, além de acrescentarmos um novo medicamento à lista Remume, o Dipropionato de Beclometasona 200 mcg, usado para tratamento de asma. E a inclusão no ano passado, já objetiva o atendimento da população para o período do inverno que está por vir. O período é importante para que os médicos tomem conhecimento da oferta e disponibilizem para a população”, detalha.
Gestão eficiente
O trabalho realizado durante o ano passado, segundo Texera, na organização das contas, readequação dos serviços e capacitação dos servidores foram passos necessários para alcançar os resultados positivos. “Começamos a colher os frutos do empenho da administração. A regularização da compra dos medicamentos é o início do que será entregue pela UGPS para a população. Ainda neste primeiro semestre temos a entrega da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Novo Horizonte e da Clínica da Família, no mesmo bairro, que reformularão todo o modelo de atenção básica, com maior resolutividade para a população”, detalha.
A listagem do Remume pode ser consultada no site da Prefeitura de Jundiaí (https://www.jundiai.sp.gov.br/saude/relacao-de-medicamentos/) ou pelo aplicativo. Desta forma, é possível ao munícipe, verificar, ainda em consultório, se a substância consta no cardápio medicamentoso da UGPS, ofertado gratuitamente.
Texera lembra que a dispensação dos medicamentos municipais é feita nas UBSs. “A UGPS conta com o estoque central, localizado no prédio na rua Marechal Deodoro da Fonseca, onde funciona o programa S.U.S COM V.C. Lá também é feito o trabalho de centralização da entrega dos medicamentos encaminhados pelo Estado, que são de alto custo”, comenta.