Hoje a Operação Lava Jato é o símbolo de um trabalho que vem sendo realizado, em seu conjunto, pela Justiça Brasileira - juízes estaduais, federais, Ministério Público, procuradores, Polícia Federal e órgãos de fiscalização da administração pública - para combater a corrupção em nosso País.
Ao mesmo tempo em que isso acontece, como consequência de dois fatores que ocorrem simultaneamente (o aprofundamento do processo de democratização nacional, que fortalece as instituições, e a interconexão estabelecida entre as pessoas pelas chamadas redes sociais), assistimos a uma onda inédita de participação ativa do povo nas questões políticas.
As sucessivas mudanças que estamos assistindo não têm outra origem, desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, como as cobranças ao novo governo, que tem recuado seguidas vezes em suas decisões e se viu obrigado a afastar um ministro próximo ao presidente.
Atribuir essa sequência de mudanças no quadro nacional, como o impeachment, a um golpe tramado pelos adversários, ou imaginar que seria possível montar um complô para frear o prosseguimento das investigações é produto tanto da má fé quanto de uma visão equivocada da real natureza do que está a ocorrer na sociedade brasileira.
Não há no Brasil força capaz de deter a Operação Lava Jato, nem a contínua ampliação da participação da população na tomada de decisão sobre os destinos do País.
O repúdio ao populismo e à corrupção petista, que quebraram o Brasil, assim como o sólido apoio ao aperfeiçoamento das instituições nacionais não resultam do trabalho de um partido político ou de qualquer instituição mediadora, mas sim da vontade nacional, expressa diretamente, sem intermediários, por homens, mulheres, jovens, adultos, por todo mundo.
A cada dia vemos minguar a parcela anteriormente majoritária, daqueles que repetiam “não vai dar em nada” ou “vai terminar em pizza”. Animadas pelos resultados concretos obtidos, as pessoas agora querem é mais. Deu para ver que cada um, agindo de forma consciente, seja nas redes, seja em casa, seja no trabalho, faz a diferença. E é esse ânimo que vai mudar o Brasil.
Nosso potencial é imenso. Tropeçamos no populismo de um partido que nos fez retroceder quem sabe quantos anos, é verdade. Mas agora sabemos que não é por aí. Que o caminho para fazer o Brasil avançar e sair do subdesenvolvimento não vai se dar por mágica, mas com trabalho sério, com o fortalecimento da democracia e a participação cada vez maior de cada um de nós, zelando pelo que é de todos: o nosso País.