O ano de 2017 encerrou com 60,2 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas, segundo dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgados nesta quinta-feira (11) em relatório.
O número representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos, diz o comunicado. Em comparação com o mesmo mês em 2016, houve um aumento de 1,27% na quantidade de inadimplentes em dezembro. Na comparação mensal, com novembro, a variação foi de 0,63%.
A maior frequência dos chamados “negativados” encontra-se entre os 30 e 39 anos de idade, diz o relatório: 50% das pessoas nessa faixa etária tinham o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,08 milhões, em dezembro.
Entre os que têm 40 e 49 anos, 48% estavam com acesso restrito ao crédito. Entre os que tinham 25 e 29, eram 46%. Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 20% — em número absoluto, 4,84 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 30%.
A maior quantidade de consumidores com contas em atraso, em termos absolutos, econtra-se na região Sudeste: 24,9 milhões — número que responde por 38% do total de consumidores que residem no estado. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 16,7 milhões, ou 41% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,2 milhões de inadimplentes (37% da população adulta).
Em termos proporcionais, destaca-se o Norte, que, com 5,4 milhões de devedores, ou 46% de sua população adulta incluída nas listas de negativados, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. O Centro-Oeste, por sua vez, aparece com um total de 5,0 milhões de inadimplentes, ou 43% da população.
Entre os setores de atuação dos credores, o único que apresentou alta foi o setor de comunicação, com variação de 6,19%. O recuo mais acentuado ocorreu no comércio: o número de pendências com o segmento caiu 8,98%, seguido pelos setores de água e luz (-4,32%). O número de dívidas com bancos ficou praticamente estável, com variação de 0,13%, dizem CNDL e SPC Brasil.