Itupeva - Sábado, 09 de Novembro de 2019 - Hora:18:19

6ª edição do Encontro Nacional de Fiat 147 acontece no próximo sabado (16), em Itupeva

O Parque da Cidade, em Itupeva, receberá no sábado (16), a 6ª edição do Encontro Nacional de Fiat 147. Nessa sexta-feira (6), o prefeito Marcão Marchi recebeu das mãos dos organizadores, Eder Fernando do Prado e Alan Reis, o convite e a camiseta do evento para participar do encontro, que terá o apoio da Prefeitura.

Prefeito de Itupeva, Marcão Marchi, Eder Fernando do Prado e Alan Reis da organização do evento

 

De acordo com os organizadores, devem participar do encontro mais de 200 automóveis modelo 147 e derivados, no qual os apaixonados por Fiat terão oportunidade de ver diversos veículos da marca que ganhou destaque no Brasil na década de 70.

 

“Esse evento é o principal encontro de Fiat 147 do país. Para nós é um orgulho poder mais uma vez trazê-lo para Itupeva”, falou Eder Fernando do Prado.

 

O evento acontecerá das 8h às 16h e terá entrada gratuita para a visitação. Os interessados em expor o seu veículo, deverão doar dois quilos de alimento não perecível (menos sal e açúcar), que será destinado ao Fundo Social de Solidariedade.

 

O Parque da Cidade fica na avenida Emílio Checchinato, 706.

 

História:

Em 2014, um grupo de apaixonados por Fiat 147 começou a trocar informações pelo Facebook. Foi o primeiro passo para o evento, que hoje reúne adeptos de todo o Brasil.

 

O 147 foi o primeiro modelo de automóvel produzido pela Fiat do Brasil entre 1976 e 1986, baseado no 127 italiano. Foi, portanto, o carro que inaugurou a FIAT no Brasil e foi o responsável por começar a trajetória da marca no país.

 

Mas como toda boa história, a do Fiat 147 não começa em Betim – Minas Gerais em 1976. Ela começa na Itália, mais precisamente em abril de 1971.

 

Fiat 127, o antecessor do 147

Apresentado em abril de 1971, o Fiat 127, era considerado um “supermini” – ele tinha 3,59 metros de comprimento, 1,53 metros de largura, 1,37 metros de altura e 2,3 metros de entre eixos.

 

Suas linhas retas e aspecto quadrado eram moda, o que mostrava que a Fiat estava pronta para a briga no enorme mercado Europeu. Apesar de seu acabamento simples, ele era modesto. Vinha apenas na carroceria de duas portas, bem amplas, o que facilitava o acesso ao interior, inclusive dos passageiros do banco de trás.

 

Até seu peso era mini, com apenas 720 quilos ele era bem ágil graças ao seu peso. Por falar em agilidade, seu motor era um motor já consagrado e utilizado pela Fiat.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Um motor de 900 cm³, utilizada no 850. Dotado de um comando de válvulas no bloco, virabrequim apoiado em 3 mangueiras e carburador de corpo único, ele rendia 47 cavalos e 6,5 kgfm de torque.

 

Não era muito, mas para a época e para o peso dele era mais do que adequado. Sua velocidade máxima não passava dos 140 km/h, e ele dispunha de um câmbio manual de 4 velocidades. Seu mote era o consumo comedido, ainda mais numa época que o mundo estava enfrentando uma crise forte de petróleo.

 

Um ano após seu lançamento, o Fiat 127 foi eleito o carro do ano por vários jornalistas europeus. No mesmo ano, 1972 o modelo ganhava suas primeiras variantes. Uma das primeiras mudanças que o modelo recebeu, foi a chamada “3ª porta” que nada mais era que agora a tampa do porta malas abria junto com o vidro traseiro, o que facilitava a disposição de bagagens e por que não de passageiros.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Em 1973, o Fiat 127 ganhava uma nova versão Deluxe, com acabamento mais refinado, que duraria até o ano seguinte, e seria substituído pela versão Special.

 

Em dois anos, o pequeno motor, agora renderia apenas 45 cavalos, para se adequar as novas normas de emissão de poluentes. Seus principais concorrentes eram o Renault 5, Peugeot 104, Volkswagen Polo e Opel Kadett City.

 

O Ford Fiesta viria apenas em 1976. Mas ele brigava também com Citroën 2CV, Mini 1000 e Simca 1000. Ele ganharia novamente o prêmio de carro do ano em 1975, graças a suas soluções inteligentes e baixo consumo, e baixa emissão de poluentes.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Sua base mecânica seria aplicada no Fiat 147 nacional, com suspensão McPherson em ambos os eixos, com molas helicoidais na dianteira e na traseira com feixe de molas semielíticas transversais.

 

Seus freios eram a disco na frente e a tambor atrás, como a maioria dos carros vendidos no país. Em 1977, o 127 ganhava sua primeira reestilização, onde capô ficava mais plano e arredondado. A grade agora estava maior e incorporava os faróis.

 

Para-choques agora eram de plástico, e na dianteira, eles vinham, acompanhados de luzes de indicação. O vidro da tampa do porta-malas, cresce, enquanto os laterais ganham base mais retilínea. Um novo painel era feito para o modelo, que serviria de base para o nosso 147.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Em 1978, o 127 ganha sua primeira versão “esportiva”, digo isso, pois ele tinha 20 cavalos a mais que a versão normal, totalizando 70 cavalos.

 

Mas isso não queria dizer que ele não tinha o apelo esportivo, ele vinha com defletores dianteiro e traseiro, novas rodas com novo desenho, acompanhadas por pneus 155/70-13, faixas decorativas alusivas a versão.

 

O motor de 1.048 cm ³, que já era fabricado em Betim – MG, tinha comando de válvulas no cabeçote, virabrequim, e 50 cavalos com 7,9 kgfm na versão normal, na versão Sport o motor foi recalibrado para render os 70 cavalos com 8,5 kgfm de torque, o que levava o modelo a máxima de 160 km/h, para a época, ela tinha uma ótima relação peso/potência, o que fez dele praticamente um rei.

 

O 127 Sport fazia o 0a100 em 14 segundos, e isso em 1978 era muito rápido.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

No mesmo ano, foi oferecido uma versão furgão, que basicamente era o nosso Fiorino. A última atualização de visual do 127, viria em novembro de 1981.

 

Em alguns mercados era chamado de Stella, o pequeno ganhava novos para-choques mais amplos, novas molduras laterais, contornos nos arcos do para-lamas, novos faróis que agora eram maiores e retangulares, com as luzes de indicação nos cantos, e o emblema da Fiat centralizado.

 

As lanternas traseiras, ganhavam máscaras negras. O 127 ainda ganhava um novo membro na família, a perua Panorama, que tinha 3,92 metros de comprimento, e o mesmo entre eixos da versão hatch. A família ainda aumenta com a versão Rustica, uma espécie de avó das Adventure da Fiat no Brasil, ela vinha com faróis com proteção, e maior altura em relação a versão normal.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Seat 127

O pequeno 127 foi também vendido sob licença à Seat – Que atualmente pertence ao Grupo Volkswagen – que pertenceu a Fiat desde sua fundação, até ser vendida para o Grupo Volkswagen.

 

Na versão espanhola, o modelo tinha a versão 4 portas, que não vendida na Itália, e um outro motor de 1010 cm³ com 52 cavalos. A partir de 1983, a Seat perdia a licença de nomenclatura, e agora o vendia como Fura, mas esteticamente ainda era semelhante ao Fiat de 1981.

 

O 127 espanhol também teve uma versão esportiva, que tinha um motor um tanto diferente do que já era usado na gama 127 italiana, um motor de 1.438 cm³ com 75 cavalos. O modelo se chamava Crono – não confundir com Cronos, derivado do Fiat Argo – e alcançava a máxima de 160 km/h.

 

O pequeno deixou de ser fabricado pela Seat em 1985.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

O modelo em questão – o Fiat 127, foi descontinuado em 1987, após 16 anos de vendas bem-sucedidas e vários prêmios, acumulando o montante de 3,8 milhões de unidades vendidas.

 

Isso sem contar as vendas do modelo nacional – o Fiat 147 – e do modelo espanhol da Seat.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147 – O início por aqui

O primeiro modelo a estrear a planta da Fiat fora de Turim foi o Fiat 147 na planta de Betim em Minas Gerais.

 

Mas não foi só o Fiat 147 que sacudiu o mercado, a Fiat também mostrou a que veio, instalando sua maior fábrica fora do eixo Rio-São Paulo. A fábrica começou a operar com força máxima em 9 de julho de 1976, com o Fiat 147 como carro chefe da Fiat no Brasil.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Segundo relatos da própria Fiat, o Fiat 147, rodou mais de um milhão de quilômetros, para assegurar que sua estrutura era boa e de qualidade.

 

Durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 1976, a fiat montou do lado de fora do Parque de Exposições do Anhembi, uma pista com cerca de 300 metros para que curiosos pudessem testar a novidade da Fiat.

 

Tinham cerca de 15 unidades de várias cores com técnicos da Fiat a bordo para levar os visitantes do Salão para conhecer a nova arma da Fiat.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Com 3,63 metros de comprimento, o Fiat 147 era cerca de 40 centímetros menor que o Volkswagen Fusca, e pesava menos, cerca de 800 quilos.

 

Com 2,40 metros de entre eixos, espaço era um dos seus chamarizes, nas campanhas publicitárias. Com linhas retilíneas, seguindo a escola europeia, a carroceria de dois volumes e três portas, o modelo era chamado pela marca de “semi-break” ou semi perua.

 

Diferente do seu irmão italiano, o Fiat 147 tinha faróis quadrados, com cantos arredondados, uma grade preta, com frisos horizontais, e luzes de indicação também retangulares alocadas acima do para-choque.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

O painel do Fiat 147 era simples e modesto, no velocímetro havia um espesso ponteiro amarelo, que parecia ter saído de algum carrinho da Matchbox, e ele não continha marcador de temperatura do motor, apenas pequenas luzes espia, que foram adicionadas posteriormente.

 

Um ponto curioso da primeira versão do Fiat 147, era que ele tinha uma pequena lâmpada de alerta para reserva do combustível, e uma posição do interruptor de ignição para manter as luzes de posição acesas com motor desligado, item que passaria despercebido por muitos motoristas.

 

A curiosa solução visava a evitar que os motoristas esquecessem as luzes do carro ligadas ao sair, ao mesmo tempo em que permitia mantê-las assim caso solicitado.

 

Como já mencionado anteriormente, um dos maiores trunfos do Fiat 147 era seu espaço interno, que podia comportar até 5 passageiros sem aperto, o que não acontecia em modelos como Volkswagen Fusca e o Chevrolet Chevette.

 

Era o famoso pequeno por fora, grande por dentro.

 

O estepe do modelo era posto junto do cofre do motor, o que por sua vez liberava mais espaço no porta-malas, e facilitava a vida do motorista, caso em de uma viagem com o carro cheio, ele não precisaria descarregar o porta-malas, era somente abrir o capô e pegar o estepe.

 

Seus bancos traseiros, eram do tipo rebatíveis, o que facilitava o transporte de objetos maiores, como é usado atualmente por grande parte dos modelos vendidos. Outro ponto interessante na construção do Fiat 147, era que o vidro do para-brisas, era laminado, o que facilitava em caso de colisões frontais, o vidro não se estilhaçaria.

 

No quesito motorização, o Fiat 147 usava um motor de quatro cilindros, de 1048 cm³ instalado no cofre na posição transversal – item inédito em modelos nacionais – tinha 56 cavalos. Projetado pelo engenheiro italiano Aurelio Lampredi, que era especializado em motores da Ferrari, ele estreou no Fiat 147 brasileiro.

 

O primo italiano – o 127 – usava um motor de concepção mais antiga, de apenas 903 cm³, dotado de apenas de comando de válvula de bloco. Com velocidade máxima de 135 km/h, o 147 era extremamente ágil no trânsito, consumia pouco e andava muito. Isso foi seu mote de vendas por muitos anos, o fator consumo era um item imprescindível para a Fiat, quando começou a vender o 147 aqui.

 

A suspensão era moderna, era do tipo independente nas quatro rodas do tipo McPherson, com molas helicoidais na dianteira e de feixe transversal na traseira com molas semielípticas. Item até então inédito em um veículo nacional de tração dianteira. Isso lhe garantia conforto aos passageiros e estabilidade na hora de fazer as curvas.

 

Ele ainda contava com pneus radiais, e rodas de aro 13. Um dos pontos a serem melhorados, segundo vários jornais e revistas especializadas na época do lançamento, era a caixa de câmbio, a direção e os freios do pequeno.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Mas isso não tirou o brilho do pequeno Fiat 147, que chegou a desbancar nomes de peso como o Volkswagen Fusca e a Brasília, em vendas. Para 1978, a gama aumentava, agora o modelo vinha uma versão mais simples, e outra maisequipada chamada GL.

 

Um pequeno furgão foi criado a partir do Fiat 147, ao cobrir as janelas laterais, da terceira porta – porta-malas – e não tinha o banco dos passageiros de trás, tudo para oferecer mais espaço para cargas. Essa versão foi amplamente comercializada por empresas e frotistas, e era baseado na versão Furgoneta do 127 italiano.

 

O único concorrente similar foi o Gol furgão, que foi vendido na década de 80.

 

Fiat 147 Pick up

Para se constituir família é preciso investir em outros nichos, e com o 147 não poderia ter sido diferente. Apresentada no final de 1978, a primeira picape derivada de carro de passeio, era lançada no país.

 

A pequena picape, tinha caçamba curta e tampa traseira que abria para o lado, e até dividia as mesmas lanternas do modelo da qual deriva, por conta de economia de custos. Ela transportava até 650 litros – cerca de 450 kg de carga, o que era um volume bastante considerável para um carro derivado de um hatch e com dimensões tão pequenas.

 

Os motores eram os mesmo do Fiat 147, 1.05 e 1.3 litro. Além dele, uma versão mais longa seria lançada tempos depois, e juntos reinariam sozinhos por 4 anos, até que a Ford lançasse o Pampa – derivada do Corcel II, a Volkswagen com a Saveiro – derivada do Gol, e posteriormente com a Chevrolet Chevy 500 – derivada do Chevette.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147 Rallye

Nesse mesmo ano, a Fiat apresenta a versão esportiva chamada 147 Rallye, que usava um motor 1.3 litro, que rendia 72 cavalos e 10,8 kgfm de torque. O que era muita força para um carro tão leve e tão pequeno.

 

No visual, o modelo tinha faixas laterais pretas, defletor dianteiro, novos faróis auxiliares, e uma nova tomada de ar para a pequena grade, além rodas com um novo desenho, feitas de aço. No interior, cinto de três pontos para o passageiro e motorista e bancos reclináveis com encosto de cabeça.

 

Um novo painel, mais completo, com direito a conta-giros, velocímetro e manômetro de óleo completavam o visual do modelo.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147 movido a álcool

Lançado em 1979, o Fiat 147 a álcool foi o pioneiro por ser o primeiro carro a usar álcool num motor. O modelo esteve em testes durante três anos antes de ser lançado.

 

O motor era o 1.3 litro com 60 cavalos, o painel era o mesmo da versão Rallye e as rodas também vieram do modelo esportivo.

 

Encostos de cabeça no banco traseiro, eram itens de série e inovadores, já que nenhum outro modelo nacional tinha tal item, os famosos vidros verdes com desembaçador, também estavam presentes, além dos cintos de três pontos para motorista e passageiro. O carro ainda contava com freios assistidos, que auxiliavam o motorista durante as frenagens.

 

 

A primeira reestilização

O modelo ganhava sua primeira reestilização em 1980, sua nova frente mais alta e quadrada, chamada pela Fiat de “Europa”, tinha o capô mais elevado, grade com leve inclinação para frente, e agora as luzes de direção vinham do lado dos faróis principais.

 

Isso não agradou muito os compradores, e as versões picape, a básica e a Furgoneta, continuavam com o visual antigo.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat Panorama

Apresentada em abril de 1980, a Fiat Panorama era o terceiro veículo da gama 147. Com janelas maiores, ela comtemplava o espaço interno, isso graças a 18 centímetros a mais que versão normal do 147, isso sem alterar o entre eixos.

 

Um novo painel era destaque na perua que tinha um detalhe estilístico um tanto curioso, um pequeno calombo no teto, igual ao que a Peugeot usa no 2008, quase imperceptível, mas estava ali. Seus rivais diretos eram a Chevrolet Marajó – derivada do Chevette e um nível ainda mais abaixo, estava a Ford com a Belina – baseada no Corcel II.

 

A Volkswagen Parati só apareceria dali dois anos, e a Volkswagen havia descontinuado a Variant II. O mote de vendas da Panorama, era sua versatilidade e espaço interno.

 

Era capaz de transportar 730 litros com os bancos traseiros em posição normal, e até 1440 litros com os bancos rebaixados. O já conhecido motor 1.3 litro agora lidava com 850 kg, e o tanque comportava 52 litros de combustível, contra cerca de 43 litros da concorrência.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147 City

Já em 1981, a picape derivada do 147 passava a usar a plataforma do Panorama que era 18 centímetros maior que o modelo que lhe dava origem. Sua capacidade de carga tinha subido para 570 kg, e além da plataforma a picape agora chamada de 147 City, usava também as mesmas lanternas da perua.

 

Nesse mesmo ano, surgia o Fiorino Furgão com teto mais alto, o que lhe proporcionava um amplo espaço interno de carga. Em 1982, a picape recebia a mesma frente do modelo Europa e deixava o visual antigo para o modelo de entrada.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fiat Spazio

Mais uma renovação para o Fiat 147 era vista em 1983, tanto para o hatch quanto para a perua, a versão Spazio era uma versão de luxo.

 

Novos faróis, bem maiores do que eram usados no modelo Europa e na grade as cinco barras laterais que viriam a ser a nova identidade do logo da Fiat.

 

 

Fiat Oggi

No mesmo ano, a família Fiat 147 aumenta mais uma vez, agora com a versão sedan chamada de Oggi, que dividia a mesma plataforma com a perua Panorama, o que lhe garantia bom espaço interno.

 

O Oggi concorria com o Volkswagen Voyage, e o Chevrolet Chevette. Seu porta-malas era o maior da categoria, mas seu design retilíneo já não agradava mais, já que a traseira parecia ter sido enxertada no modelo, que ficava com aparência de improvisação.

 

Uma versão esportiva do sedan chamada Oggi CSS, que trazia um novo motor 1.4, que agora desenvolve 78 cavalos e 11,2 kgfm de torque. Algumas alterações com uma nova altura, mais baixa para deixar mais esportivo, suspensão traseira mais firme e novas rodas, completavam o pacote esportivo do sedan.

 

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

Fiat 147: história, detalhes, versões, motores (e equipamentos)

 

Fim de uma era

O Fiat 147 foi um grande divisor de águas, não só por ser o primeiro modelo da Fiat no Brasil, mas por levar inovações para as massas. Foi o primeiro veículo nacional a usar motores transversais e utilizar o álcool como combustível, o primeiro a ter uma picape derivado de um carro de passeio e criar uma nova categoria, que se estende até os dias de hoje.

 

O primeiro a ter um furgão que também deriva de carro de passeio, e que hoje tem o Fiorino, derivado do Uno, deixou várias heranças técnicas para seus sucessores como o Uno e o Palio em questão de motores e soluções inteligentes.

 

Ele saiu de linha em 1986, após 10 anos de produção e mais de 1 milhão de veículos produzidos, levando em conta suas derivações, e deixando um legado importante para seu sucessor, o Fiat Uno.

 

Com informações de: noticiasautomotivas.com.br

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