Com uma dívida de R$ 92 milhões deixada pela administração anterior, a Unidade de Governo e Finanças da Prefeitura optou por fazer um escalonamento dos pagamentos dos fornecedores, que foram convidados a aderir a um programa de parcelamento. De acordo com o gestor da Unidade, José Antônio Parimoschi, a medida permitiu a manutenção dos serviços essenciais à população, especialmente na área de Saúde, uma das mais afetadas. Do montante da dívida, 80% já estão em negociação ou em processo de pagamento.
O gestor explica que o escalonamento prevê o pagamento, até junho deste ano, de todas dívidas de até R$ 360 mil. Já as de R$ 360 mil até R$ 500 mil foram parceladas em 12 meses. No caso das dívidas de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, o pagamento será feito em 18 meses. Por fim, débitos acima de R$ 1 milhão foram parcelados em 24 meses. “As dívidas já estão sendo pagas desde o início do ano. Atualmente, apenas dois credores, cujo montante soma cerca de R$ 20 milhões, ainda não aderiram ao programa”, destaca Parimoschi.
Na ordem dos pagamentos, foram priorizados o salário e o vale-alimentação dos servidores públicos, bem como os convênios que garantem o funcionamento do Hospital São Vicente e Universitário. “Também garantimos junto ao Governo do Estado um repasse mensal de R$ 2 milhões por seis meses, totalizando R$ 12 milhões, para investimentos no São Vicente”, completa o gestor.
Outra medida que vai gerar economia para os cofres públicos e, por consequência, aumentar o potencial de investimento é a Reforma Administrativa, aprovada na Câmara Municipal no início de março. A reforma reduziu em 28% o número de cargos comissionados, o que deve promover uma economia de R$ 10 milhões por ano – R$ 40 milhões no mandato – para o Executivo.